terça-feira, 21 de agosto de 2007

Alerta: ação ilegal da GCM de Itapecerica pode levar a confron to com sem-teto

O MTST - Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - obteve informações de que nesta terça-feira (21/8), a partir das 7 horas da manhã, a prefeitura de Itapecerica da Serra pretende retirar à força os integrantes do movimento que estão acorrentados em frente à Igreja atriz da cidade desde o dia 15/8. A ação será efetuada ilegalmente pela Guarda Civil Metropolitana, sem o respaldo de qualquer decisão judicial.

Como o ato de acorrentamento é legítimo e tem como objetivo garantir um direito constitucional (moradia) os manifestantes não sairão do local e poderão sofrer violências por parte da GCM. Lembramos que em noites anteriores, os acorrentados receberam ameaças de homens reconhecidos como guardas municipais à paisana, que passaram armados pelo local.(http://www.mtst.info/ameacas_acorrentados).

Numa sucessão de atos repressivos, que demonstram total falta de interesse pela resolução do problema habitacional da cidade, o prefeito José Jorge da Costa continua tentando "abafar" as manifestações das famílias sem teto pelo direito à moradia digna, pensando que vai conseguir calar a voz do povo pobre da periferia. Nas últimas semanas, as famílias foram despejadas de atos realizados em frente à Câmara Municipal e à sede da Prefeitura. Além disso, o prefeito obteve um interdito proibitório, que impede o MTST de acampar em qualquer local público de Itapecerica da Serra, motivo pelo qual os acorrentados não podem utilizar colchões nem coberturas de lona, permanecendo em situação precária.
Motivações do ato de acorrentamento
O ato de acorrentamento está sendo realizado para evitar o despejo das famílias da Comunidade João Cândido que estão vivendo em um terreno provisório na Vila Calu e cobrar que o prefeito e os vereadores cumpram sua palavra e transfiram o terreno para o CDHU iniciar a construção de moradias, conforme acordado com os governos estadual e federal.
A prefeitura cedeu o terreno provisoriamente para as famílias que não
tinham para onde ir após o despejo do acampamento, em 18 de maio de 2007, e se comprometeu a doar a área para o CDHU iniciar a construção das moradias conquistadas em acordo com os governos estadual e federal. Porém, além de o prefeito e os vereadores não cumprirem sua palavra quanto à doação do terreno, a prefeitura entrou com uma ação de reintegração de posse da área provisória. O pedido foi convalidado em segunda instância no Tribunal de Justiça de São Paulo e as famílias podem ser despejadas a qualquer momento.

Mais informações:
Guilherme: 9970-2551
Gabriel: 8454-4978
Daniel: 9460-1533

Acesse o site: www.mtst.info
20/8/2007
Coletivo de Comunicação e Imprensa
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto

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