Ano II No 171 26 e 27/02/2008Informativo para um outro Brasil. Difusão de Notícias veiculadas na Internet e Artigos de Opinião Serviço Gratuito, sem objetivos comerciais .Nota do 'ContraPonto': Este é um Espaço Coletivo de comunicação e Informação: Existem artigos de Opinião, que nem sempre terão a nossa concordância, mas este espaço é democrático e sem censura. Caso discorde de algum ponto de vista ou queira enviar um texto para ser incluído neste espaço, favor enviar, pois publicaremos com certeza. Grato pela atenção! Márcio Amêndola de Oliveira (MAO) Organizador.FRASE DO DIA:"Muito mais cedo do que tarde, de novo se abrirão as grandes alamedas por onde passará o homem/mulher livres, para construir uma sociedade melhor".(Salvador Allende)· Major Curió: Este homem sabe onde estão os cadáveres do Araguaia· Stedile vê 'contra-reforma agrária' no País· Os 200 anos da Imprensa Régia· STJ vai analisar recurso sobre controle acionário da TV Globo em SP· Salário Mínimo: LULA 4 X 1 FHC· Além da moeda· ONU aponta racismo "persistente", tortura e violência policial no Brasil· Para eleitores, políticos brasileiros são corruptos e enganadores· Consumo de cocaína cresce 30% no Brasil· SP terá 3ª área metropolitana mais populosa do mundo em 2010· Timor: Ramos-Horta agradece apoio do Brasil após atentado· AGENDA MILITANTEMajor Curió: Este homem sabe onde estão os cadáveres do AraguaiaO militar que preparou o ataque final à Guerrilha do PCdoB rompe um silêncio de 35 anos, revela segredos do combate e indica o local de um suposto cemitério clandestinoAos 73 anos, ele é vaidoso. Não sai de casa antes de fazer sessões de levantamento de peso, se lambuzar de fartas porções de protetor solar 60, mexer e remexer os cabelos tingidos de loiro. Ao chegar ao portão, ele empluma o corpo, despede-se da mulher, uma jovem de 26 anos, e do filho de cinco, dá meia dúzia de ordens, em tom de confidência, e sai para a caminhada com dois seguranças armados. Sebastião Rodrigues de Moura é mineiro de São Sebastião do Paraíso, mas é popularmente conhecido como "Curió" um pássaro brigador. Qualquer desinformado que cruze o caminho deste senhor de olhar triste e passos cadenciados pelas ruas da cidade que leva seu próprio nome, Curionópolis, e da qual ele é prefeito pelo terceiro mandato, não saberá jamais que este homem é uma espécie de lenda na Amazônia. Curió virou mito encarnado no codinome "Dr. Luchini", o mais temido militar brasileiro que se embrenhou na selva amazônica no início dos anos 70 para pôr fim a um movimento de jovens idealistas que buscavam convencer colonos a transformar o País numa pátria socialista. Conhecida como Guerrilha do Araguaia (1972/1975), foi a maior ação militar do País depois da Segunda Guerra Mundial. O combate colocou de um lado quatro mil soldados das forças de segurança contra cerca de 70 insurgentes. Quase todos os guerrilheiros foram mortos mas apenas um corpo foi encontrado até hoje. A batalha aconteceu às margens dos rios Araguaia e Tocantins, na fronteira dos Estados do Pará e Tocantins, e deixou um rastro de barbárie, sangue e terror.Curió virou mito para muitos, justamente porque foi ele e sua tropa que aniquilaram os guerrilheiros do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) depois de duas derrotas vexatórias impostas a duas expedições militares em 1972. Ao final da Guerrilha do Araguaia, havia 59 guerrilheiros, dez posseiros e três militares mortos. Dezenas de pessoas foram torturadas. Como os militares protegem como segredo de Estado tudo o que se refere ao Araguaia, a história desse confronto segue repleta de perguntas sem respostas. Onde estão as ossadas dos guerrilheiros? Os corpos foram decapitados? Os cadáveres, incinerados? Eles estão em valas comuns? Um militar chegou a dizer que participou de uma Operação Limpeza, na qual os guerrilheiros mortos foram jogados, um a um, de helicóptero, pela imensidão da Floresta Amazônica. Essa informação é correta? O homem na fotografia ao lado tem as respostas. Curió era major do Centro de Inteligência do Exército (CIE) e foi o autor do mais completo dossiê de arapongagem sobre a guerrilha. Chamado de relatório 01 da Operação Sucuri, ele precedeu o combate que exterminou a guerrilha.No domingo 10 de fevereiro, embalado por duas latas de Coca Zero, depois de traçar uma galinhada, Curió deu as primeiras pistas para perguntas que se transformaram em mistério. Após 35 anos, sua versão lança a oportunidade de esclarecer os destinos de mortos e desaparecidos da Guerrilha do Araguaia. Outros detalhes irão fazer parte de um documentário e um livro que sairão em breve (promessa, aliás, que já conta 20 anos). "Tenho 73 anos de idade cronológica, 45 de idade física e psicológica e 32 de idade mental", disse ele à ISTOÉ. "Eu não tenho o direito de levar para a sepultura os dados que tenho e que eu sei."Curió começa sua imersão no passado revelando que, com o cerco dos militares, os guerrilheiros foram empurrados para um recuo no Castanhal dos Ferreira. De lá, eles se dirigiram para a região da Palestina (ver mapa). Neste local, no Natal de 1973, iniciou-se a fase final do combate na qual as forças do governo mataram mais de 20 guerrilheiros antes do Réveillon. "O pessoal dos direitos humanos fica procurando corpos em Xambioá (base militar), mas muitos corpos estão enterrados na Palestina, que na época era uma vila com uma rua de terra", revela. Contra essa declaração, existe o fato de que sua comprovação custaria caro. Daquela vila, a 286 quilômetros de Belém, nasceu uma cidade que hoje conta com 7.500 habitantes. E para revirar o solo seria preciso demolir casas e esburacar ruas.O segredo contado por Curió, contudo, ganha força graças a uma revelação feita na semana passada à ISTOÉ pela ex-guerrilheira Criméia Almeida. Segundo ela, foi justamente nessa região que, em 2001, a comissão dos familiares dos mortos e desaparecidos políticos tentou investigar a existência do que seria o cemitério clandestino da Guerrilha do Araguaia. Mas não se conseguiu porque o grupo recebeu ameaças de morte. "Estivemos na região rural dessa cidade, onde moravam alguns guerrilheiros, mas não pudemos pesquisar porque, além de ser muito difícil o acesso, fomos ameaçados pelos moradores", diz Criméia, uma das poucas sobreviventes e parente de um dos mortos. Há sete anos, a comissão não levou o caso ao Ministério Público por dois motivos: primeiro, foi à Palestina informalmente. Depois, não conseguiu nenhuma evidência um caso que muda completamente a partir de agora com o depoimento de Curió à ISTOÉ. "O Estado tem de dar uma resposta a isso", cobra a ex-guerrilheira.Um fato surpreendente na história contada por Curió e que, de acordo com ele, causa urticária entre seus pares de farda é o reconhecimento que ele faz da bravura de alguns militantes. "Queria ter enterrado a guerrilheira Sônia com honras militares", conta. "Ela foi a melhor combatente dos comunistas. Aliás, as mulheres eram muito melhores do que os homens". Sônia era o codinome de Lúcia Maria de Souza, morta pela tropa de Curió com uma saraivada de balas espalhadas pelo corpo. Antes de tombar, Sônia que estava ferida com um tiro na perna manteve o seguinte diálogo, segundo revela agora Curió: Qual o seu nome? Guerrilheira não tem nome, tem causa.Logo em seguida, o corpo de Sônia foi metralhado e abandonado no Igapó do Taboão, como era conhecida a área. "Deixei o corpo dela para trás porque eu estava ferido, ela tinha me acertado com um tiro no braço e atingido o rosto do Lício (comandante da tropa). Tínhamos que buscar socorro", lembra. Além do corpo de Sônia, que ele admite ter deixado para trás, Curió revela que muitos outros guerrilheiros tiveram seus corpos dilacerados pelos animais da selva. "Muitos dos combates aconteceram à noite. Quando chegávamos de manhã, alguns corpos estavam comidos, às vezes não tinham nem mais cabeça", conta.Curió revela que a traição de militantes foi fundamental para acabar com a guerrilha. Ele aponta o dedo para o ex-presidente do PT e deputado federal José Genoino (SP). "Ele traiu seus companheiros. Genoino foi preso como um mensageiro dos guerrilheiros e, sem ninguém encostar nele, contou tudo: quem era quem no comando, revelou sobre os três destacamentos de guerrilheiros (chamados de unidades de combate pelo PCdoB)." E mais: "abriu" os codinomes e as armas que usavam seus 20 companheiros e suas funções, deu detalhes do relacionamento da guerrilha com a população e entregou os depósitos de mantimentos construídos na mata. "Tudo está anotado numa folha de papel. Quero ver ele falar que a letra não é dele", desafia. Procurado em quatro ocasiões por ISTOÉ, Genoino não respondeu aos recados e telefonemas. Segundo Curió, foram as informações dele que municiaram a Operação Sucuri, a fase do extermínio da guerrilha.Ex-lutador de boxe, filho de barbeiro, Sebastião Curió resolveu vestir farda depois de assistir a um primo ser carregado como herói pelas ruas de sua cidade natal assim que chegou da Segunda Guerra, na qual serviu na Força Expedicionária Brasileira (FEB). Curió agora acredita que seus depoimentos mudarão a história do Araguaia. "Muitas pessoas ficarão surpresas com os documentos que apresentarei mostrando os erros que ocorreram dos dois lados, tanto do Exército quanto dos guerrilheiros", antecipa. Ele pode não estar blefando. Ao afirmar que possui documentos reveladores sobre a guerrilha, Curió põe em xeque a versão oficial do Alto Comando das Forças Armadas que afirma que toda a papelada foi queimada e que não existe nenhum arquivo sobre o período. "Não duvido que ele tenha esses documentos. Muitos militares privatizaram essas informações", acredita Nilmário Miranda, ex-secretário nacional dos Direitos Humanos.Quando imerge nos erros da tropa, que perderam dois combates, Curió admite que os militares só conseguiram sucesso na terceira etapa da guerra, a Operação Sucuri, porque os guerrilheiros tinham um poder de fogo muito aquém do dos militares. Ele avalia que o erro estratégico dos inimigos foi acreditar na vitória no segundo recuo das tropas militares. "Eles conheciam a floresta e a tropa militar colecionava muitos erros, como movimentar 300 homens ao mesmo tempo, roupas inadequadas, combatentes não adestrados e falta de rádios de comunicação. Até homens da guarda palaciana, que nem sabiam o que era selva, estavam lá", conta Curió. As revelações do ex-militar acontecem depois de a Justiça ter ordenado ao governo a abertura dos arquivos da guerrilha. Como até o momento o Ministério da Defesa insiste em ignorar o despacho legal, aos parentes dos desaparecidos da ditadura militar o depoimento de Curió parece ser a única esperança para se encontrar, finalmente, a verdade. (Por ALAN RODRIGUES, do Pará - Revista Istoé)Stedile vê 'contra-reforma agrária' no País
Para dirigente do MST, concentração de propriedade aumentou no governo Lula, que não mostrou avançosApós seis anos de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não cumpriu sua promessa de pôr em andamento uma ampla reforma agrária. Pelo contrário, houve um retrocesso: a propriedade da terra ficou mais concentrada no seu governo.Essa é a opinião de João Pedro Stedile, ideólogo e dirigente do Movimento dos Sem-Terra (MST) e amigo de Lula, a quem apoiou em todas as campanhas eleitorais.Em entrevista ao Estado, transmitida ao vivo pela TV Estadão na internet, na quinta-feira, o dirigente do MST voltou a defender as invasões de terras e disse que qualquer propriedade com mais de mil hectares está sob suspeição. A seguir, os principais trechos da entrevista - que pode ser vista na íntegra no site www.estadao.com.br .OCUPAÇÃO DE FAZENDAS"A terra é um bem da natureza. Não é fruto do trabalho de ninguém. Eu duvido que algum fazendeiro com mais de mil hectares prove que comprou aquela terra pelo seu trabalho, porque isso é impossível. Todas as grandes propriedades do Brasil não foram originárias do trabalho. Ou são apropriação de terra pública, ou grilagem, ou compra fajuta ou expulsão de posseiro."PROPRIEDADE"A terra deve ser de todos, não do capitalista. Não é uma propriedade absoluta. A Constituição brasileira estabelece que pesa sobre a terra uma função social, que é a produção de alimentos, a garantia de trabalho, o respeito ao meio ambiente. Ninguém pode fazer o que quiser com a terra - porque ela pertence à sociedade."GOVERNO LULA"Os movimentos sociais e a esquerda brasileira passaram 20 anos idealizando que bastava o Lula chegar ao poder para que os problemas fossem resolvidos. Assumo a autocrítica. Fiz parte dessa geração que se iludiu. Agora caiu a ficha. Não basta o homem nem o partido. Para que um governo seja popular é necessário que as forças organizadas do povo exerçam pressão sobre o Estado e exerçam o governo de fato."REFORMA AGRÁRIA"Nesse campo o governo Lula não avançou nada. Porque reforma agrária acontece quando são tomadas medidas de Estado que democratizem a propriedade da terra. Temos dados que mostram o contrário: nos últimos seis anos aumentou a concentração da propriedade agrária. O que está em curso no Brasil é uma contra-reforma."ENCONTRO COM LULA"Ele nos ouviu durante duas horas e no final disse que iria encaminhar nossas reclamações aos ministros. Eu disse a ele para tomar cuidado com o milho transgênico, que só interessa à Monsanto e à Bayer. Se aprovar, eu disse, você vai entrar para a história como puxa-saco das multinacionais."ASSENTAMENTOS"Existem alguns assentamentos que nos envergonham. Mas na grande maioria ninguém mais passa fome, todo mundo tem escola, há trabalho para todos."ESPERANÇA FRUSTRADA"Nós do MST tínhamos esperanças de que o governo Lula fosse animar as massas. Mas aí nos demos conta de que os ciclos da luta de classes não dependem do governo."OS CICLOS DA LUTA"Cada vez que um partido de esquerda ganha as eleições, é como parte do acúmulo de forças populares. E onde isso acontece é gerado um clima de maior agitação social, maior mobilização. Mas isso não aconteceu aqui. Por quê? Porque Lula ganhou no refluxo do movimento de massa. Na história recente da luta de classes no Brasil, tivemos vários ciclos. O primeiro foi de 1900 a 1935, quando se perdeu a luta. Houve então um refluxo, que durou até 1945, quando o movimento de massas tornou a ascender. Esse movimento durou até 1964, quando ocorreu uma disputa de projetos, na qual perdemos para a ditadura. Veio novo descenso, até 1979, quando a crise industrial no País resultou no ressurgimento da CUT, no nascimento do PT, do MST. Isso durou até 1990. A derrota do Lula para o Collor não foi uma derrota eleitoral - foi a derrota de um projeto. O neoliberalismo e a burguesia derrotaram a classe operária brasileira, produzindo o refluxo no qual estamos até hoje."APATIA"O Bolsa-Família atende 20% dos mais pobres. Resolve um problema social, porque essas famílias estavam na miséria absoluta; mas, de certa forma, também acomoda essas famílias. O programa gerou apatia nas famílias pobres. Deveria ser um programa transitório, combinado com outro programa, que levasse empregos."JOSÉ RAINHA"Ele chegou a ser da direção nacional do MST. Mas começou a trilhar um caminho que não respeitava mais as instâncias às quais estava vinculado. Optou pelo auto-afastamento e foi constituindo seu próprio grupo no Pontal do Paranapanema. É um líder de massas".MONOCULTURA"O monocultivo do eucalipto e da cana pode dar muito lucro para o seu dono, mas não cumpre a função social da terra. Não gera emprego, agride o meio ambiente e exaure os recursos naturais. Por causa disso pode ser desapropriado." (Roldão Arruda e Fausto Macedo - Agência Estado)Os 200 anos da Imprensa Régia
"A revista moralistamostra uma listados pecados da vedeteE tem jornal popularque nunca se espremeporque pode derramar(...)É somente folhear e usar"(TomZé - "Parque industrial" - 1967)Os 200 anos que ora comemoramos da chegada ao Brasil da família real portuguesa, posta para correr da Europa por Napoleão I e escoltada até nossos portos seguros pela Marinha inglesa, suscitam reflexões sobre vários dos seus aspectos. O mais óbvio, sem dúvida, é a abertura dos portos à nações amigas (leia-se Inglaterra), anunciada ainda na escala feita em Salvador, antes mesmo da corte chegar ao seu destino, o Rio de Janeiro, cidade elevada repentinamente a capital do Reino Unido a Portugal e Algarve. Isto é, a capital do Império Português.Nos velhos livros escolares brasileiros, essa fuga ganha o título quase mágico de "A Transmigração da Família Real para o Brasil", do mesmo modo que a debandada, alguns anos depois, das forças do Duque de Caxias O Pacificador, nos é apresentada pomposamente, pela historiografia oficial, como "A Heróica Retirada da Laguna".Ah, o que são capazes de construir as palavras!Na verdade subproduto do prolongamento e expansão da revolução burguesa na Europa, e das aspirações imperiais da França napoleônica que pretendia, através da Península Ibérica e especialmente através de Portugal , pôr de joelhos (e fazer rezar) a "Loira Albion", a chegada da caravana marítima de reinóis lusos acabara por imprimir uma nova dinâmica à velha colônia, acelerando inclusive seu processo de independência monitorada por Londres, na medida dos seus interesses.Disso tudo, porém, nos diz respeito particularmente neste momento, apenas um dos atos do príncipe regente João VI, que governava em substituição da senhora sua mãe, dona Maria I, acometida de insanidade mental, o que lhe valeu desde então o epíteto de A Louca. Falamos da criação da Imprensa Régia, em 13 de maio de 1808, pouco depois do desembarque no Rio.Ainda que de caráter absolutamente oficial, a Imprensa Régia significou a primeira vez que se imprimiu legalmente no Brasil o primeiro jornal privado legal e não submetido diretamente aos governantes ou ao Estado, em nosso país, só passará a existir três anos após a independência. Foi o Diário de Pernambuco, fundado em 1825.As elites sempre souberam da importância e do poder dos meios de comunicação. Por isso mesmo, logo depois da chegada dos portugueses em abril de 1500, Lisboa garantiu para si alguns monopólios estratégicos na sua nova colônia. O monopólio da terra, da exploração das riquezas, do comércio e da comunicação. No que diz respeito a esse último, todo e qualquer material estava proibido de ser impresso no país sob pena, inclusive, de punição com morte dos infratores da norma.Ou seja, Portugal paria assim quadrigêmeos siameses, fantasmas que rondam a classe trabalhadora e o povo brasileiro desde sempre: a propriedade monoplizada da comunicação, da terra, da produção/exploração e do comércio, que depois do período da colônia, passarão a ser controladas inicialmente pelos capitais locais, para hoje e desde há algum tempo serem oligopolizadas e apropriadas pelo grande capital internacional.Mas, apesar de tudo, os trabalhadores e o povo brasileiro poderemos de algum modo comemorar pequenos avanços no dia dos 200 anos de fundação da Imprensa Régia:1. A grande mídia brasileira é hoje a instituição nacional mais desmoralizada e menos confiável para amplos setores da população.2. A principal revista de circulação nacional, a Veja (Editora Abril), com sua redação povoada por "nossas antas" e outros energúmenos, além de só ter crédito junto à ultra-direita, está sendo alvo de absoluto achincalhamento, através de um dossiê do jornalista Luís Nassif, que invadiu e se expandiu via internet, não apenas Brasil afora, mas por todo mundo.3. A Rede Globo (Organizações Globo), o poderoso império construído pelo senhor Roberto Marinho em troca de apoio e outros favores aos sucessivos governos da ditadura, além de reconhecida publicamente pela contumaz falsificacação das informações que transmite, é hoje acusada formalmente e conduzida às barras dos tribunais por estelionato. De acordo com seus acusadores, a poderosa Rede Globo falsificou documentação de compra da antiga TV Paulista.Aguardemos até o dia 13 de maio. Quem sabe nos estejam reservadas outras boas surpresas. Mas, em sendo tudo "briga de branco", acabará tudo em pizza? (Editorial Brasil de Fato - 26/02/08)STJ vai analisar recurso sobre controle acionário da TV Globo em SPEm 1977 a Rede Globo teria adquirido o controle da TV Paulista mediante fraude e o pagamento de apenas 35 dólaresSerá examinado pela Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça o recurso especial contra o espólio do empresário Roberto Marinho, no qual a família Ortiz Monteiro protesta contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que julgou prescrita a ação por meio da qual a família pretende retomar o controle acionário da TV Globo de São Paulo (ex-Rádio e Televisão Paulista S/A). O ministro João Otávio de Noronha deu provimento ao agravo de instrumento interposto pela defesa, determinando a subida do recurso especial.US$ 35,00Na ação declaratória de inexistência de ato jurídico interposta pela representante do espólio de um dos fundadores, Regina Marietta Junqueira Ortiz Monteiro, a defesa alega que a transferência do controle acionário para o empresário Roberto Marinho foi realizada por meio de documentos considerados enganosos pelos herdeiros dos antigos controladores da então Rádio e Televisão Paulista S/A. Afirma, ainda, que a transferência foi obtida por US$ 35 dólares, conforme constaria de recibo com o valor equivalente è época.Segundo informações do processo, a antecessora da TV Globo Ltda. foi fundada por Oswaldo Junqueira Ortiz Monteiro, Hernani Junqueira Ortiz Monteiro, Manoel Vicente da Costa e Manoel Bento da Costa, titulares de 52% do capital social da empresa entre os anos de 1952 e 1977. Essa participação seria representada por 15.099 ações ordinárias e preferenciais, sendo o restante, 14.285, distribuídas entre outros 650 acionistas. A primeira transferência teria ocorrido em 5 de dezembro de 1964. Na segunda, em 23 de julho de 1975, um contrato de transferência para o mesmo comprador pretendia sanar eventuais irregularidades presentes no negócio anterior.Para a defesa, os documentos seriam apócrifos e montados, de acordo com o laudo emitido pelo Instituto de Datiloscopia Del Picchia, já que os originais estariam desaparecidos. "A transferência ocorreu com irregularidades, mediantes diversos documentos (...) mal redigidos e com imprecisões, sem qualquer registro nos órgãos competentes, sem firmas dos signatários reconhecidas, bem como um dos cedentes já seria falecido à época", asseverou o advogado.Nas procurações, datadas de 1953 e 1964, estariam anotados ainda os números de CPF dos representantes de Roberto Marinho, com endereços falsos. Para a defesa, isso seria indicação da ilegalidade, já que o cadastro de controle da Receita Federal, conhecido como CIC ou CPF só foi instituído na década de 70.Em primeira instância, foi aceita a tese de prescrição. Insatisfeita, a família apelou, mas o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a decisão. A defesa interpôs, ainda, embargos declaratórios, mas foram rejeitados. No recurso para o STJ, a defesa pretende modificar a decisão que declarou a prescrição para que sejam examinadas as alegações de ilegalidade na transferência do controle acionário.(Site: 'O Jornalista' - www.ojornalista.com.br / Fonte: STJ)NOTA DO CONTRAPONTO!: Quer dizer que a poderosa Rede Globo, com a colaboração da ditadura militar, 'afanou' o controle da TV Paulista, a preço de banana, com documentos falsos. Mas é só isso???? Quanto escândalo por essa bagatela...Salário Mínimo: LULA 4 X 1 FHC
. O PIG vai se estrebuchar.. O Farol vai se apagar!. A Miriam Leitão não vai analisar!. Os colonistas vão explicar: a parafuseta do virabrequim, associada à disfunção do M4 nos meios de pagamentos da Islândia, o consumo de suínos na China e a luminosa gestão de Alan Greenspan ... tudo isso para explicar que:. No último dia do Governo Fernando Henrique, um salário mínimo do trabalhador brasileiro equivalia a US$ 56.. A oposição, como o senador Paulo Paim, se esgoelava o tempo todo para que o salário mínimo no Governo FHC fosse de US$ 100.. O novo salário mínimo do Governo Lula será, segundo o Ministro Paulo Bernardo de R$ 412,40.. Com o dólar a R$ 1,68 que horror ! -, o salário mínimo do Governo Lula chegará a US$ 245.. Ou seja, no Governo Lula, o salário mínimo é 4,3 vezes maior do que o do Governo FHC!. O pobre não merece tanto!. Para que tanto salário mínimo?. Ninguém mais vive de salário mínimo!. A Previdência vai estourar!. Se é assim, temos que acabar com o Bolsa Família, o Sorridente, o Luz para Todos, porque o pobre nada em dinheiro (ou melhor, em dólares...) .... É um desperdício!. Precisamos enxugar o Estado!('Conversa Afiada' - Paulo Henrique Amorim - IG)Além da moeda
*CÉSAR BENJAMINOs EUA acostumaram-se a viver acima dos seus próprios recursos, o que gera passivo crescente e exigirá moratóriaDURANTE milênios, as sociedades humanas não conheceram o que hoje chamamos economia, pois as formas de produzir, trocar e adquirir não tinham autonomia. Existiam embutidas em uma ampla rede de instituições e compromissos, sociais e políticos, que lhes conferiam sentido e lhes impunham limites. Mesmo onde havia comércio e dinheiro, eles não estavam articulados de um modo completo e coerente. O estabelecimento da economia como um sistema separado, situado acima dos demais, em posição de comando, foi parte de um processo histórico específico, violentíssimo, que na origem ocorreu em certas partes da Europa e exigiu pesada intervenção estatal.Numa sociedade que "liberta" a economia e se organiza em torno da troca de mercadorias, a moeda ocupa o lugar central. Pois, sendo o equivalente geral, sua posse é mais desejável do que a posse de uma mercadoria específica. Ao assumir essa posição, a própria moeda se transforma. Durante milênios, ela possuía valor por ser fabricada com metais preciosos ou porque os representava, podendo, em tese, ser trocada por eles. Uma "relíquia bárbara", nas palavras de Keynes.A moeda fiduciária, emitida por um banco central, é um fenômeno extremamente recente. Ela não se refere a nada que não seja o poder do Estado, o qual, ao emiti-la, compromete-se apenas a aceitá-la na quitação de tributos, nada mais, definindo assim o espaço econômico em que exerce a sua própria soberania. Essa evolução só se completou a partir da década de 1970, quando os Estados Unidos anunciaram a inconversibilidade do dólar, rompendo os acordos de Bretton Woods e declarando, contra o mundo, a moratória de suas reservas de ouro. Foi uma ousada solução para os problemas americanos de então. Lançou as bases para a retomada, ou a reafirmação, da hegemonia desse país, na época ameaçada economicamente pelo Japão e pela Alemanha, militarmente pela União Soviética e politicamente pela vaga contestadora que vinha do Terceiro Mundo. O padrão dólar flexível quebrou o ímpeto de todos os concorrentes, reais ou potenciais, inclusive o Brasil.Permanece em aberto, porém, a questão de saber se pode ser estável uma ordem econômica internacional que gira em torno de uma moeda fiduciária emitida por um Estado nacional. Creio que não. Ela contém uma contradição insanável, pois o espaço de soberania de um único Estado passa a ser todo o planeta. O preço disso são enormes tensões e instabilidades que se acumulam.Na relação com o mundo, os EUA acostumaram-se a viver muito acima dos seus próprios recursos, o que gera um passivo crescente e exigirá nova moratória futura. Internamente, o novo arranjo tornou amplamente hegemônicos os administradores de ativos líquidos, que nem sequer manejam moeda. Manejam títulos, participações, cotas, ações, derivativos, papéis de todo tipo, inclusive papéis que representam outros grupos de papéis e que só existem na fantasia dos mercados futuros... Não estão sob controle de bancos centrais, chamados só na hora de pagar as contas.Nos Estados Unidos, essa incrível pirâmide de operações financeiras baseava-se, principalmente, em hipotecas residenciais. Agora, está solta no ar. É por isso que os analistas mais argutos e mais bem pagos, manejando equações cada vez mais complicadas, só conseguem dizer platitudes. Se quisermos encontrar a saída, o desafio é buscar novas maneiras de trazer de volta a economia para dentro das instituições sociais, para religá-la ao mundo-da-vida. Ainda não sabemos como fazê-lo. (Folha de S. Paulo, 16/2/08 - *CÉSAR BENJAMIN, 53, editor da Editora Contraponto e doutor honoris causa da Universidade Bicentenária de Aragua (Venezuela), é autor de "Bom Combate", editora Contraponto, 2006).ONU aponta racismo "persistente", tortura e violência policial no BrasilRelatório afirma ainda que há uma grande discriminação contra a mulher no PaísA primeira revisão sobre os direitos humanos no Brasil feita pelo novo órgão especializado das Nações Unidas aponta uma grande e persistente incidência de casos de racismo, tortura, violência policial e discriminação contra a mulher. O Brasil está no primeiro grupo de países que passarão pela Revisão Periódica Universal, mecanismo criado em 2006, junto com o Conselho de Direitos Humanos da ONU.A revisão, que no caso do Brasil ocorrerá no dia 14 de abril, será baseada em três relatórios, um com informações enviadas por ONGs (organizações não-governamentais), outro com uma compilação de informações recolhidas pela ONU nos últimos anos, e um terceiro preparado pelo governo. O prazo para a apresentação dos documentos era a última segunda, mas até ontem o do governo era o único ainda não disponível no site das Nações Unidas.Na versão preliminar que apresentou em audiência pública no Senado, no último dia 12, o governo foi criticado pelas ONGs por ter exaltado as ações do governo sem responder às recomendações feitas pela ONU. Segundo a coordenadora de Relações Internacionais da Conectas Direitos Humanos, Lucia Nader, que participou da sessão, o Brasil só menciona uma das 117 recomendações feitas pelos nove relatores especiais da ONU que visitaram o país desde 2000."Esperamos que a versão final tenha menos propaganda do governo e responda mais às recomendações sobre o Brasil como um todo, não apenas no nível federal", diz Nader. Para ela, o país tem uma responsabilidade extra no Conselho de Direitos Humanos da ONU, pois sempre foi um dos maiores defensores do mecanismo de revisão universal.O relatório da ONU lembra as cobranças feitas em 2005 ao Brasil em relação a abusos como expulsões de populações indígenas de suas terras, execuções extrajudiciais, tortura, superpopulação carcerária e condições desumanas das cadeias, entre outros. No entanto, diz o documento, "a resposta tem sido adiada desde 2006".Embora reconheça "esforços feitos para reformar o Judiciário e aumentar sua eficiência", a ONU diz que continua preocupada com a "interferência" da corrupção na Justiça brasileira. Com base numa inspeção mais recente, do ano passado, a organização observa que a violência atinge sobretudo a camada mais humilde da população."Em 2007, o relator especial sobre execuções extrajudiciais, sumárias e arbitrárias observou que o homicídio era a principal causa de mortes entre pessoas com idade entre 15 e 44, com 45 mil a 50 mil homicídios cometidos todo ano", diz o documento. "As vítimas são, em sua maioria, jovens do sexo masculino, negros e pobres."O relatório com observações de 22 ONGs alerta para altos índices de discriminação racial e sexual e enfatiza o problema da violência. Também chama a atenção para a distância entre a legislação e sua prática. A Anistia Internacional afirma que, com a Constituição de 1988, o Brasil adotou "as leis mais progressistas para a proteção dos direitos humanos da América Latina". "No entanto, persiste um enorme fosso entre o espírito dessas leis e sua implementação", diz a organização. (MARCELO NINIO, da Folha de S.Paulo, em Genebra)Para eleitores, políticos brasileiros são corruptos e enganadoresParticipantes de pesquisa também acreditam que o honesto terá que se corromper para se adaptar ao sistemaSÃO PAULO - Pesquisa encomendada pela Justiça Eleitoral ao Instituto Nexus e à Cultura Data e divulgada nesta quarta-feira, 27, revelou que há um consenso entre os eleitores brasileiros que participaram do estudo: os políticos são todos corruptos e não fazem nada pelo povo. Há uma percepção geral de que a classe política não trabalha em benefício da população e visa seus próprios interesses. Para os entrevistados, os políticos são enganadores - prometem muito durante a campanha e não fazem nada daquilo que prometeram - traem e abandonam o eleitor.Sobre o sistema político brasileiro, a visão não é muito diferente. Os participantes do estudo acreditam que mesmo um político sendo honesto ele terá que se corromper para se adaptar ao sistema. Segundo a pesquisa, a mídia parece desempenhar papel preponderante na formação da noção de que "todos os políticos são corruptos".De acordo com a pesquisa, no Brasil, há dois tipos de eleitores: os otimistas, que acreditam no poder transformador do voto, e os céticos, descrentes, que percebem o voto como uma perda de tempo, que não muda a realidade. O levantamento, realizado nos últimos dias 25 e 26 de janeiro, foi aplicado em 12 grupos de sete a 10 pessoas nas cinco regiões do País e abrangeu todas as classes sociais, faixas etárias e de escolaridade.A pesquisa identificou que os eleitores de perfil otimista, apesar de serem críticos com relação à situação do Brasil, mantêm o patriotismo e percebem o voto como uma arma do cidadão. Já o grupo de pessimistas tende a ser contra a obrigação de votar e vivem a experiência de frustração com o voto.Em comparação com os dados do levantamento feito em 2006, o posicionamento dos cidadãos está mais definido. Antes, um mesmo cidadão ficava dividido entre os sentimentos positivos e negativos diante da realidade.O comportamento segmentado em dois grupos predominantes é confirmado quando avaliados os dados sobre o significado do voto para os participantes da pesquisa. De acordo com o estudo, o voto tem significado positivo para a maioria. Entre as principais qualidades levantadas estão o poder de mudar, a possibilidade de melhora, a responsabilidade, o direito de escolha e o exercício da cidadania. Mas alguns, em função do ceticismo identificado, atribuem ao voto alguns valores negativos como a obrigação, a escolha baseada na sorte e a sensação de perda de tempo.Outro sentimento associado ao momento do voto é a insegurança. Dentro da cabine de votação, as pessoas se perguntam se a escolha que fizeram é a mais acertada e se o candidato votado vai corresponder às suas expectativas. Muitos afirmam que ficam emocionados, mas ao mesmo tempo nervosos quando estão em frente a urna. O voto obrigatório foi criticado em todos os grupos. Especialmente eleitores mais céticos e descrentes associaram a obrigatoriedade do voto à ineficiência. A opinião desses participantes é de que na democracia o voto deveria ser facultativo.Nas regiões sudeste e sul, a maioria acredita que os problemas brasileiros não são responsabilidade exclusiva dos políticos. A conclusão é de que, se o povo escolhe, ele também tem sua cota de participação. Para os entrevistados dessas regiões, falta ao povo consciência, interesse e formação para poder votar melhor. Entre os eleitores dos grupos das regiões norte e nordeste, alguns admitiram ter vendido o voto ao menos uma vez. A prática ainda é comum em alguns locais. No entanto, a noção geral é de que é preciso votar para poder cobrar. (Paulo R. Zulino, do estadao.com.br)Consumo de cocaína cresce 30% no BrasilPaís tem 2,6 consumidores para cada 100 pessoas; dados da ONU mostram que aumento do uso do entorpecente coincide com crescimento econômicoO consumo de cocaína cresceu mais de 30% no Brasil - média de 6% ao ano - entre 2002 e 2007, segundo dados do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC). "Nunca se consumiu tanta cocaína como atualmente no Brasil. O problema é preocupante porque o consumo não pára de crescer, na contramão do que ocorre na maior parte do mundo, onde os índices estão estabilizados. Já nos Estados Unidos, as taxas estão até caindo", disse o diretor do UNODC, Giovanni Quaglia.O consumo já foi diagnosticado em 80% das nações do planeta, indicando que a globalização do tráfico se tornou um problema. Por ano, os consumidores espalhados pelo mundo cheiram 600 toneladas de cocaína, movimentando um mercado de cerca de R$ 80 bilhões. Pelo Brasil, circulam 80 toneladas ao ano, quase tudo produzido em países vizinhos, como Colômbia, Peru e Bolívia. O tráfico da droga movimenta cerca de US$ 5 bilhões no Brasil.Desse total, 40 toneladas (metade do que aqui transita e 6,5% do consumo mundial) ficam no Brasil para consumo interno e o restante é exportado para grandes mercados, como Estados Unidos, Europa e Ásia. São Paulo, Brasília, Rio e Porto Alegre estão entre os maiores centros consumidores. O levantamento da ONU mostra que em toda parte do mundo há relação entre crescimento econômico e aumento do consumo de drogas, principalmente cocaína, uma das mais caras. O fenômeno, para ele, pode explicar em parte o aumento do consumo no Brasil.O exemplo mais notório é o da Espanha, que se tornou o maior consumidor per capita do mundo após 15 anos de boom econômico, nas décadas de 80 e 90. Hoje a Espanha tem uma média de 3 consumidores para cada grupo de 100 habitantes entre 15 e 64 anos. No Brasil, o índice já atingiu a 2,6 consumidores para cada grupo de 100, ante 1 para 100 em 2001.CURSOCerca de 40% da droga que chega ao mercado europeu usa o Brasil como rota, passando antes pela África. Para sufocar essa importante rota com o combate integrado às quadrilhas, a Polícia Federal, em parceria com o órgão da ONU, começou a treinar peritos e agentes de países sul-americanos e africanos de língua portuguesa. A aula inaugural do curso, que durará quatro meses e meio, foi ministrada ontem. Essa primeira turma tem 27 representantes de Cabo Verde, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe, além de países sul-americanos.NÚMEROS- US$ 80 milhões é quanto a cocaína movimenta de dinheiro no mundo. A substância é consumida em 80% das nações.- 600 toneladas de cocaína são consumidas por ano no mundo. Os usuários brasileiros consomem 40 toneladas.- 40% da cocaína que chega ao mercado europeu passa antes pelo Brasil. (Vannildo Mendes - Agência Estado)SP terá 3ª área metropolitana mais populosa do mundo em 2010A população da região metropolitana da cidade de São Paulo continuará a crescer nos próximos anos e chegará a 2010 como a terceira maior do mundo, com cerca de 19,6 milhões de habitantes, de acordo com um relatório divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas) nesta terça-feira.Segundo o documento, intitulado Perspectivas Mundiais de Urbanização - Revisão de 2007, a região da capital paulista vai refletir a tendência mundial de aumento da população urbana, que afetará principalmente os países em desenvolvimento.A área metropolitana de São Paulo ocupa, no momento, a quinta posição no ranking de população do relatório, com 18,8 milhões de habitantes --atrás de Tóquio (35,7 milhões), Nova York, Cidade do México e Mumbai (todas com 19 milhões).As projeções indicam que, por volta de 2025, a região voltará novamente à quinta posição mundial, quando Tóquio (36,4 milhões) Mumbai (26,4 milhões), Déli (22,5 milhões) e Dhaka (22 milhões) vão ter populações maiores.Relatório anteriorO relatório, divulgado pela Divisão de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, publica conclusões que já haviam sido adiantadas em um documento do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), no ano passado.Os dois documentos indicam que a quantidade de pessoas que vive nas cidades atingiu a marca de 50% da população mundial pela primeira vez na história e destaca que o crescimento urbano deve continuar acontecendo.O relatório divulgado nesta terça-feira inclui a projeção de que, em relação a 2007, a população mundial vai praticamente dobrar até 2050, passando de 3,3 bilhões para 6,4 bilhões."Virtualmente, todo o crescimento populacional mundial vai ser absorvido pelas áreas urbanas das regiões menos desenvolvidas, cujas populações devem crescer de 2,4 bilhões em 2007 para 5,3 bilhões em 2050", diz o texto.Entre os países em desenvolvimento, os da América Latina "têm um nível excepcionalmente alto de urbanização (78%), mais alto do que o da Europa".BrasilNo caso brasileiro, o relatório prevê o crescimento populacional, até 2025, de todas as aglomerações urbanas que, em 2007, tinham 750 mil habitantes ou mais.Mas apenas as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro continuarão com mais de 10 milhões de habitantes dentro de 17 anos.Até 2050, a porcentagem da população brasileira que vive em centros urbanos deve pular de 84,2%, em 2005, para 93,6%.Em termos absolutos, serão 237,751 milhões pessoas morando nas cidades do país na metade deste século, de acordo com a projeção da ONU.Por outro lado, a população rural terá caído de 29,462 milhões para 16,335 milhões entre 2005 e 2050. (BBC Brasil)Timor: Ramos-Horta agradece apoio do Brasil após atentadoPresidente timorense gravemente ferido em um ataque rebelde no início de fevereiro se recupera bemSÃO PAULO - O presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, agradeceu nesta terça-feira, 26, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro de Relações Exteriores Celso Amorim pelo apoio recebido após o atentado que sofreu em Díli, capital do país. Ramos-Horta se recupera em um hospital australiano de uma tentativa de assassinato sofrida no dia 11 de fevereiro.Segundo o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que conversou por telefone nesta terça com Ramos-Horta, ele se recupera bem da série de cirurgias sofridas após o atentado. O presidente timorense pediu para que Suplicy agradeça ao presidente Lula e a Amorim pelo apoio recebido durante sua recuperação.Ainda segundo o senador, que falou ao estadão.com.br, Carolina Larriera, viúva de Sérgio Vieira de Mello, visita o presidente timorense na Austrália. Ela partiu na sexta feira e chegou nesta segunda-feira, 25, a Darwin. Carolina disse para Suplicy que Ramos-Horta está fora de perigo e tirou os aparelhos. Após as cirurgias, ele ficou em coma induzido por dez dias. Ramos-Horta ainda continuará na Austrália por mais alguns dias até se recuperar.O presidente do Timor Leste foi alvejado a tiros pelos rebeldes em frente à sua casa em Díli, capital do Timor Leste. O líder rebelde Alfredo Reinado, que liderou os ataques, foi morto na troca de tiros com força de segurança.Os rebeldes também chegaram a atirar contra um carro que levava o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, que escapou ileso. Ramos-Horta, que levou tiros nas costas e no peito, foi submetido a uma série de operações no hospital australiano na cidade de Darwin. Após os atentados, Gusmão decretou estado de emergência.O presidente timorense visitou o Brasil nos dias 28, 29 e 30 de janeiro. Na ocasião, ele se reuniu com o senador Suplicy e o convidou para ir ao Timor Leste explicar sua proposta sobre a Renda Básica de Cidadania. Carolina acompanhou Ramos-Horta durante sua visita ao Brasil.Durante a visita, Ramos-Horta deu uma entrevista exclusiva ao Estado sobre a atual situação do Timor Leste. Ele falou sobre a violência que explodiu após a nomeação de Xanana Gusmão como primeiro-ministro, economia e o futuro do país. Ramos-Horta enfatizou que o pior problema é a pobreza e lamentou 'não ser Nossa Senhora de Fátima, para fazer milagres'. (Bia Rodrigues, de O Estado de S. Paulo - Colaboraram Denise Chrispim Marin e Rui Nogueira)AGENDA MILITANTECinema Palestino na Casa de Cultura Santa TerezaSÁBADO - 1º DE MARÇO20h00 - Embu (Jd. Sta. Tereza)Você é nosso convidado especial!20h - PALESTINA ESPERA - (EUA-Palestina, 2001, cor, 10min - documentário - Direção: Annemarie Kattan Jacir)Há mais de cinco milhões de refugiados palestinos, vivendo em condições limites e muitas vezes indesejados no mundo todo. Enfoca o direito de retorno dos refugiados à pátria.Em seguida: PARADISE NOW (Direção: Hany Abu-Assad / Elenco: - Hiam Abbass, - Kais Nashef , Ali Suliman / Duração: 80 minutos)Representante oficial da Palestina no Oscar de 2006, fita aborda com habilidade o tema do eterno conflito entre israelenses e palestinos.O filme retrata a amizade de dois jovens, Said (Nashef) e Khaled (Suliman), que são selecionados por um grupo palestino para realizarem um ataque suicida na capital israelense.Paradise Now leva-nos até à cidade de Nablas, na Palestina, onde tudo parece fora do vulgar. A exploração da miséria, da manipulação e o fanatismo religioso, do simples dia-a-dia palestiniano. Said e Khaled (com brilhantes interpretações de Kais Nashif e Ali Suliman) um dia são recrutados para se juntarem à guerra santa, tendo sido os escolhidos para um ataque suicida em Tel Aviv.O diretor Abu-Assad faz questão de nos mostrar seus protagonistas despojados de qualquer fanatismo ou disciplina. Pelo contrário: Said e Khaled levam suas vidas de forma até mesmo desleixada, quase irresponsável. As 48 h finais da vida dos dois amigos nos é relatada de uma forma realista e objetiva."O foco dos filmes Palestinos e Libaneses é principalmente a realidade amarga da região, sob a presença militar da ocupação israelense. Durante mais de meio século, os povos palestino e libanês sofreram guerras, ocupações, violência e exílio. Os cineastas engajados da região tentam capturar e nos passar um pouco do sofrimento diário dessas pessoas. Os seus filmes nos lembram o quão importante é conhecer a verdade, e nos tornarmos conscientes da realidade" (Arlene Clemesha).LOCAL DO EVENTO: Casa de Cultura Santa Tereza - Rua Cerqueira César, 164 - Jardim Santa Tereza, Embu-SP.INFORMAÇÕES: Telefones 4149-5315 / 4203-4955 - E-mail: c.c.santateresa@uol.com.brSEMINÁRIO: O BRASIL QUE QUEREMOSSÁBADO E DOMINGO - 01 E 02 DE MARÇO09h00 às 18h00 - São PauloLutadoras e Lutadores que buscam as transformações das estruturas injustas da nossa sociedade, é com imensa satisfação e apreço que nós do Núcleo Aparecida Jerônimo Consulta Popular - lhes convidamos para um Seminário, que tem o propósito de contribuir para o processo organizativo da região Cidade Ademar/ Pedreira e seu entorno, e fazer avançar as lutas populares na busca de soluções dos principais problemas que afetam a população trabalhadora.Sabemos da precariedade ou inexistência dos recursos básicos para satisfazer as carências de vida da população, como: Saúde, Educação, Moradia, Transporte, Segurança, Cultura, Área de lazer, Prevenção ambiental e tantos outros.Este seminário, é mais uma iniciativa do núcleo, que há alguns anos vem desenvolvendo atividades em conjunto com outros movimentos a nível local, no campo da cultural, formativo e reivindicativo, isto, em sintonia com os movimentos de caráter Nacional e Internacional, como: Plebiscito contra a Aliança de Livre Comércio das Américas, (ALCA) em 2002, e a Campanha contra a privatização da Vale do Rio Doce, seguida com o Plebiscito em 2007.Para refletir, discutir e procurar saída desta dura realidade em que vivemos, é fundamental a participação neste seminário, e assim contribuir na construção de um projeto popular para o Brasil. Que Brasil nós queremos? Esta e outras questões serão discutidas nos dias 1 e 2 de Março de 2008.Segue programação das atividadesSÁBADO (01/03)9:00 às 9:30 - Café9:30 às 10:00 - Mística, apresentação da programação e os objetivos do Seminário10:00 às 12:30 - Análise de Conjuntura, seguido de debate. (Ricardo Gebrim).12:30 às 14:00 - Almoço14:00 às 16:00 - Apresentação da Resolução da 3ª Assembléia Nacional da Consulta Popular, e debate sobre os pontos abordados Cartilha 19. (Fátima).16:00 às 18:00 - Questão Energética. Luiz La Costa do Mov. dos atingidos por Barragem (MAB).18:00 - Programação Cultural.DOMINGO (02/03)9:30 às 10:00 - Café10:00 às 10:30 - Apresentação do Fórum Cidade Ademar (Airton)10:30 às 11:00 - Apresentação sobre a Assembléia Popular (Eliana).11:00 às 11:30 - Exposição das atividades a serem desenvolvidas pelo Núcleo Aparecida Jerônimo, em busca por parcerias com outros coletivos.11:30 às 12:30 - Discussão em grupos: Organização das ações concretas.12:30 - Apresentação Musical e encerramento.Local: Centro Frei Tito, Rua Jacinto Paes nº 57 (5612-1259 noite)Informações: Mauro: 5621-9174 / Aguinaldo: 5621-1369 / Juarez: 5560-2210Ato-Passeata no Dia Internacional da Mulher8 DE MARÇO DE 200810h30 - São PauloEsse dia tem história! O Dia Internacional da Mulher é um dia de luta em todo mundo, fruto da mobilização de operárias no início do século passado. Sua celebração foi proposta por Clara Zetkin, na II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em 1910, e a partir de então foi comemorado em diferentes datas. Em 1922, passa a ser celebrado no dia 8 de março, data em que as operárias russas dão início às mobilizações da Revolução de 1917.LOCAL: Concentração na Praça Ramos em frente ao Teatro Municipal, a partir das 10h30.Edital seleciona projetos em Direitos HumanosATÉ 21 DE MARÇO DE 2008BRASILO edital do Fundo Brasil de Direitos Humanos está com inscrições abertas até dia 21 de março. O objetivo do Fundo é promover os direitos humanos no Brasil e sensibilizar a sociedade brasileira para que apóie iniciativas capazes de gerar novos caminhos e mudanças significativas para o país.Assim, disponibiliza recursos para apoio institucional e atividades de organizações da sociedade civil e de defensores e defensoras de direitos humanos em todo o território nacional, priorizando aqueles que disponham de poucos recursos ou que tenham dificuldades de acesso a outras fontes.Em 2008, o Fundo Brasil de Direitos Humanos escolheu apoiar projetos que tenham como foco o combate à violência institucional e à discriminação, por estarem entre os temas mais críticos de nosso país e constituírem as áreas com maior carência em termos de disponibilidade de recursos nos dias de hoje.Mais informações pelo site: http://www.fundodireitoshumanos.org.brNúcleo de Estudos Latino-americanosAPROVEITEM O INÍCIO DE 2008 PARA CONHECER O BLOG DO NÚCLEO DE ESTUDOS LATINO-AMERICANOS - NELAMUM FELIZ ANO NOVO, COM MUITAS LUTAS E CONQUISTAS PARA A CLASSE TRABALHADORA!UM GRANDE ABRAÇO PARA TODAS E TODOS!MARCELO BUZETTO - MSTBiblioteca Zumaluma necessita de doações de livrosA Biblioteca Comunitária Nelson Mandela, da Associação Zumaluma necessita de doações de livros nas áreas de:- Física, Química, Biologia e Ciências- Português, História, Geografia (atualizados)- Educação Artística- Arte e Literatura em Geral- Enciclopédia (Barsa ou Compatível)- Livros Infantis em GeralA equipe da Associação Zumaluma agradece de antemão esta colaboração, que visa a atualização de nossa Biblioteca para uso dos jovens, crianças e adultos da Comunidade.ENDEREÇO: Rua Projetada, 77 - Favela do Inferninho (Jardim Santa Tereza) - Embu das Artes.CONTATO: 8233-0076 / 4788-6317 (Sinval) - e-mail: zumaluma@gmail.com
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